quarta-feira, 7 de julho de 2010

'Melhores professores de inglês não são britânicos nem americanos', diz linguista



Para David Graddol, o ideal é que o docente fale a mesma língua do aluno.


Especialista diz que o ensino do idioma no Brasil tem décadas de atraso.

Ao contrário do senso comum, o melhor professor de idiomas não é o nativo, mas aquele que fala também a mesma língua do aluno. A vantagem desse profissional está na capacidade de interpretar significados no idioma do próprio estudante. Com a hegemonia ameaçada no caso do inglês, professores americanos e britânicos devem reavaliar a maneira como ensinam o idioma.

As conclusões fazem parte de duas pesquisas desenvolvidas pelo lingüista britânico David Graddol, 56 anos, a pedido do British Council, órgão do governo do Reino Unido voltado para questões educacionais.

No Brasil para participar de seminários sobre língua estrangeira, ele avalia que o ensino do inglês nas escolas brasileiras está muitas décadas atrasado em relação a outras nações e sugere que o país aproveite os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo para tentar correr atrás do prejuízo.

Durante 25 anos, Graddol foi professor da renomada UK Open University e atualmente é diretor da The English Company e editor da Equinox Publishing. Ele prepara um terceiro estudo, este focado mais na Índia, que será publicado até o final do ano. Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao G1.

G1 – Qual o perfil ideal de um professor de idiomas?
David Graddol - O melhor professor é aquele que fala a língua materna de quem está aprendendo o idioma. Também é preciso ser altamente capacitado e ter um ótimo domínio do idioma, claro.
Muitas pessoas ainda pensam que os melhores professores são os nativos. Minha opinião é que elas estão erradas"

G1 - O sr. considera então que os professores nativos estão perdendo terreno para outros que falam também a língua do aluno?
Graddol - Sim e não. O que acontece é que, usando uma metáfora, o bolo geral está crescendo, porque atualmente há cerca de 2 bilhões de pessoas aprendendo inglês ao redor do mundo. O fato de o Reino Unidos e os EUA estarem perdendo essa fatia de mercado é enganoso, porque a participação deles também está crescendo. No entanto, o bolo está crescendo mais e mais rápido. Em muitos países, há reminiscências românticas acerca do ensino de inglês. Muitas pessoas ainda pensam que os melhores professores são os nativos. Elas pagam inclusive a mais por isso. No entanto, minha opinião é que estão erradas. O que deve ser mudada é a maneira como o inglês é ensinado.

G1 - Como assim?
Graddol - O inglês passou a ser encarado como uma necessidade. Muitos países se relacionam e fazem negócios entre si por meio do inglês, sem que nenhum deles tenha o inglês como primeiro idioma. Em muitos lugares, o inglês deixou de ser ensinado como língua estrangeira, como na Cinha e Índia, onde o inglês passou a ser considerado uma habilidade básica. Nesses países, os estudantes começam a aprender o idioma já nos primeiros anos escolares. A ideia é que mais tarde, quando atingirem o ensino médio, passem a ter aulas de outras disciplinas por meio do inglês. Historicamente, falar uma língua estrangeira era sinal de status. Agora, o que acontece é que as pessoas estão genuinamente tentando universalizar o idioma.

G1 - O uso do inglês como “lingua franca” [quando um idioma é utilizado por pessoas que não tenham a mesma língua nativa] pode modificar o seu ensino?
Graddol - Há certas coisas que se tornaram comuns e que parecem uma nova variedade de inglês. E nós acabamos nos habituando a esse novo uso. São coisas simples, como a maneira em que as palavras são soletradas e todas as vogais, faladas. Muitas das vogais, nós, nativos da língua, substituiríamos por um único som. Essas peculiaridades, que não necessariamente devem ser consideradas erros, precisam ser levadas em conta no ensino desse inglês global.

G1- Como avalia o crescimento da demanda pelo ensino de inglês?
Graddol - O que está acontecendo é que, desde a década de 90, houve um aumento gradativo de pessoas aprendendo inglês e atualmente cerca de 2 bilhões de pessoas estudam o idioma. No entanto, nos próximos anos, a expectativa é que haja um declínio nessa demanda.



David Graddol defende que o Brasil aproveite as Olimpíadas e a Copa para ensinar inglês à população (Foto: Fernanda Calgaro/G1)


G1 - Como se explica essa previsão de declínio?
Graddol - As pessoas que hoje estão no ensino fundamental e aprendendo o idioma chegarão ao ensino médio ou superior já sabendo inglês. Em muitos países da Europa, quando chegam nesse ponto, esses alunos começam a ter aulas de diferentes disciplinas em inglês. Então, deixam de ser estudantes de inglês e passam a ser usuários da língua. Eles não têm mais um professor de inglês, mas um professor de geografia, por exemplo, que dá aulas em inglês. Esse declínio não significa que menos pessoas estejam usando inglês, mas que o inglês, ensinado no ensino fundamental, começa a fazer parte da alfabetização básica.

G1 - Que idiomas podem representar uma ameaça ao inglês? Mandarim é um deles?
Graddol - O mandarim não é uma ameaça. Certamente que tem crescido em popularidade, mas faz parte de um pensamento antigo, quando se achava que uma língua cresceria à custa de outra. No entanto, ambas podem crescer juntas, assim como outros idiomas.

"A internet tem uma diversidade de línguas, mas o inglês acaba então sendo mais comum nos fóruns on-line de discussão e em relatórios técnicos"


G1 - Qual o impacto da internet no uso do idioma?
Graddel - A internet é outro bolo que tem crescido cada vez mais rápido. E nela são usadas mais línguas do que antes. É um lugar que acolhe línguas menores. Meu nome é galês e, se fizer uma pesquisa no Google sobre mim na internet, aparecerão diversas páginas escritas em galês. Isso é surpreendente porque, de repente, percebemos que há um universo paralelo na internet. E o mesmo acontece com o catalão. E muitas vezes não tomamos conhecimento disso porque uma página num idioma não tem link para páginas em outro idioma. A internet tem uma diversidade de línguas, mas o inglês acaba então sendo mais comum nos fóruns on-line de discussão e em relatórios técnicos.

G1 - O ensino do inglês é bastante rentável para os países onde a língua é falada.
Graddol - Os ganhos com o aprendizado do inglês não vêm só dos cursos de inglês mas também dos estudantes internacionais que vão para as universidades nesses países para terem aulas em inglês. Então, esse é outro tipo de exportação que pode ser creditada ao inglês.

'O Reino Unido passou a disputar alunos de inglês não só com competidores tradicionais, como os EUA, mas também com outros países da Europa'

G1 - A crise global afetou em algum aspecto o ensino do inglês?
Graddel - A crise global foi positiva para o setor porque provocou a desvalorização da libra esterlina e deixou o Reino Unido mais atrativo. O que aconteceu é que o Reino Unido deixou de disputar esses alunos com competidores tradicionais, como os EUA, a Austrália e, em certa medida, a Nova Zelândia. Agora, estamos perdendo para universidades na Europa, que têm cursos de diversas áreas que são dados em inglês. Um aluno coreano, por exemplo, pode estudar direito na Alemanha e ter aulas em inglês, além de estar bem no centro da União Europeia e quem sabe até aprender um pouco de alemão. Para ele, o ganho acaba sendo maior.

G1 - O ensino do inglês deve começar nos primeiros anos escolares? As crianças obtêm resultados mais consistentes?
Graddol - Diversos aspectos devem ser considerados. É possível começar a estudar inglês mais tarde. No entanto, se esse início for com 11 anos de idade, por exemplo, o número de horas dedicadas ao idioma precisa ser mais intenso, com, no mínimo, cinco ou seis horas. E esse ensino tem que ser bastante eficiente, que contemple o desenvolvimento de diversas habilidades da língua.

G1- Existe então uma idade ideal para começar a aprender inglês?
Graddol - Não. Na verdade, há vantagens e desvantagens em quase todas as idades. Conheço adultos que, com meia hora de estudo, têm rendimento maior do que uma criança justamente por causa da sua experiência adquirida ao estudar idiomas. Há vários outros aspectos a serem levados em conta. Um é que é muito mais fácil criar, numa sala de aula, um ambiente que motive as crianças a aprenderem. Elas aprendem quase sem perceber. No entanto, o principal argumento talvez seja que, como nem todas as escolas conseguiriam destinar um dia da semana de uma turma de alunos de 11 anos para ensinar inglês, o melhor é começar cedo. Assim, é possível obter um progresso gradativo, que permita ao estudante chegar no ensino médio falando inglês.

No Brasil, o inglês é ainda visto como uma língua estrangeira

G1 - Como avalia a situação do Brasil em relação ao ensino e uso do inglês?
Graddol - No Brasil, o inglês é ainda visto como uma língua estrangeira. Em muitos outros países, as coisas avançaram muito rapidamente e não é mais visto como uma língua estrangeira. O Brasil parece estar muitas décadas atrás do resto do mundo em termos de inglês. O que está sendo feito aqui não é suficiente para produzir pessoas realmente fluentes em inglês. As escolas estão falhando ao ensinar inglês e isso é uma ótima noticia para o setor privado. As famílias que tiverem condição de bancar os estudos mandarão seus filhos para escolas de idiomas, o que gera a divisão social.

G1 - As Olimpíadas e a Copa do Mundo podem ser oportunidades para o Brasil correr atrás desse prejuízo?
Graddol - Certamente. Foi o que a China tentou fazer, usou as Olimpíadas como uma justificativa para implantar programas de melhoria de conhecimento de inglês para a população de Pequim. Foram estabelecidas metas. E é isso que o Brasil deveria fazer, porque, se não se estabelece metas, não se sabe onde quer chegar nem se você chegou lá.

G1 - E deu certo na China?
Graddol - Entre as metas estabelecidas na China, havia algumas em relação a policiais e taxistas, por exemplo. Mas devo dizer que não deram muito certo. Como alternativa, puseram uma maquininha dentro dos táxis que emitia a tarifa da corrida para facilitar a vida do turista. No caso do Brasil, o país deve ao menos tentar garantir que os funcionários de hotéis falem bem o inglês. E as metas precisam ser estabelecidas já, porque as mudanças levam tempo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Decisões...

Sabe quando você está com um ‘mundo de coisas’ pra falar e não está sabendo nem como começar?... Estou me sentido assim. Finais de semestre mexem comigo. Tarefas a concluir, decisões a tomar... 
Procrastinar as vezes parece a saída mais rápida. Mas não trás solução. Preciso pensar pra... sei lá...ver o que fazer.
Enquanto isso...vivo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

“Ando devagar porque já tive pressa” (Almir Sater)




Sim. Tive pressa.  Pressa pra entrar na escola, pra crescer, pra terminar os estudos, pra ter 15 anos, pra ser moçinha, pra ter 18 anos e poder dirigir, pra casar, pra trabalhar, pra me formar, depois pra fazer  especialização, depois  pra acordar cedo, e logo em seguida  pra dormir cedo..ou tarde, não importa. Era pressa. Pra  isso, pra  aquilo.
Pressa pra viver...  

Pra que????        Aonde pensei chegar com tanta pressa?
Era como se eu tivesse perdendo alguma coisa, se não corresse tanto.
Hoje é chic fazer muita coisa ao mesmo tempo.  Demonstra certa “intelectualidade’, cultura, inteligência, independência....  Ficar em casa? Jamais. Afinal...estudei pra que?

A vida deu uma virada grannnnnnde. Mudei de cidade e de vida.
Enquanto escrevo a chuva bate em minha janela e tudo é silencioso ao derredor... Só o barulhinho da chuva e do teclado. 
Preciso  desacelerar.  Dentro de mim, preciso.  Quero sentir o cheiro do mar quando as ondas vão pra lá e pra cá. Preciso e quero estar atenta a voz de Deus que, há tanto fala comigo, mas, por vezes minha pressa...não me permitiu ouvi-lo.
Desacelerei.  Fala Senhor....
“Ando devagar porque já tive pressa e estive presa em meu coração...num quero mais não....”

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ligeiramente Grávida


Começar a trabalhar num novo projeto é algo 'simplesmente' ímpar... As idéias começam a brotar e tudo parece fluir mais naturalmente...

Não importa quanto tempo demore. O coração bate mais forte e os olhos brilham quando partilhamos a idéia com alguém...É lindo!
Um alvo. Movimentos se convergindo numa mesma direção...
Lembra-me muito uma gravidez...


terça-feira, 18 de maio de 2010

Não Tenho Tempo!!!











"Se você quer que algo seja entregue no prazo, peça para alguém ocupado".

Quem tem muito o que fazer costuma aprender a usar melhor o tempo. Por outro lado, aqueles que têm poucos compromissos acham que vão gastar muito tempo para se concentrar e fazer um texto, um relatório ou ler um livro e fazer uma resenha “com calma”. Na verdade, eles só precisam aprender a se organizar.

Seus alunos podem lhe mostrar excelentes exemplos de responsabilidade ligada à falta de tempo. Aqueles que fazem natação, judô e inglês costumam ser também os que dão menos trabalho na hora de entregar uma lição de casa feita.

Mas eles não são os únicos a terem compromissos com prazo. Quantas vezes você já atrasou a entrega das notas bimestrais de suas turmas? E o esquecimento? Garanto que já se atrasou para uma reunião, já esqueceu que precisava entregar um relatório... e se atrapalhou todo! Esse atraso pode, sim, ter a ver com excesso de trabalho, mas cá entre nós, você já deve ter usado isso como desculpa quando a verdade era que você não havia se organizado direito.

Para dar fim a essa bagunça diária e ao mal que ela faz à sua carreira e ao seu dia-a-dia, aí vão algumas dicas preciosas:

1- Faça um calendário próprio, com dias de trabalho, semanas de fechamento de notas e início de novos bimestres.

2- Estabeleça um horário fixo para trabalhar em casa e respeite-o. Se você decidiu que o horário das 17h às 19h é o que você vai usar para preparar as aulas ou corrigir testes feitos em sala de aula, feche-se no escritório, desligue o telefone e concentre-se.

3- Nas semanas de finalização de bimestre, quando você precisa corrigir provas, trabalhos e passar as notas para o livro de chamadas, coloque seu foco nisso. Não marque médico nem prometa buscar seu afilhado no clube.

4- Faça uma lista com tudo que deve ser realizado: corrigir as provas das quatro 6º séries, preparar a aula das duas 8º e passar as notas de todos para os livros. Depois, responda: qual é o prazo para cada uma dessas tarefas? Faça primeiro aquelas que tenham um prazo mais curto para a entrega.

5- Compre uma agenda e use-a. Todos as manhãs, abra sua agenda e veja o que tem para fazer antes do almoço. Pouco antes de sair da escola, consulte-a de novo para saber com quem deve almoçar e quais são os compromissos da tarde.

6- Nunca fale com alguém ao telefone sem marcar o nome da pessoa e o que ela deseja. Procure estabelecer como meta desmarcar o mínimo de compromissos possível.

7- Preste atenção aos horários dos compromissos. Se você vai dar aula particular e ela começa às 14 horas, acostume-se a sair de casa sempre no mesmo horário, chegar cinco minutos antes à casa do aluno e fechar o assunto sempre no mesmo horário. Não é só você que tem mais o que fazer.

8- Por último, quando quiser transformar uma atividade em hábito, repita durante 30 dias. Atividades realizadas por 21 dias tornam-se um hábito. Pois bem, passe dessa marca. Com 30 dias de repetição, você estará apto a dizer a si mesmo: “Eu consigo organizar meu tempo.” E estará certo.

Boa semana e boas aulas.
Kelly Roncato


Mimi...





Durante muito tempo tive um gato. Mimi era o seu nome. Não era uma “Brastemp”, mas tinha o seu charme... Pelo menos pra mim. Era preto e do tipo “comum”, sem  grandes” atrativos”. Mas eu gostava dele. Lembro-me dele na cozinha, perto da porta com “batentes” que davam pro quintal. (Ah, Batentes? São degraus, meu querido leitor – aliás, será que você é curitibano?!?)
A porta da cozinha aberta, sua latinha de comida e a de leite no canto. (Sabe aquelas latas redondas de goiabadas? As ditas cujas). Eu tinha entre três e cinco anos. Lembro do meu aniversário de quatro anos nessa casa de portas azul-escuras, partidas as meio como janelas...
Eu me sentia feliz nessa casa. Lembro do som da campainha quando meu pai chegava... e de vir correndo pra vê-la abrir-se: primeiro a metade de cima, depois seu braço abrindo o “ferrolho” (não sei dizer isso em curitibanês) de baixo e entrando e me abraçando. Sua galega – era assim que ele me chamava: galega. Um dia mudamos de lá. Não sei pra onde nem por que. Mimi não foi conosco. Ficou.
Todos me disseram que gato é assim mesmo: “traiçoeiro” e só gosta da casa, não dos donos. Por isso “prefere” ficar na casa.
Sabe o que eu acho? Mimi não teve a chance de decidir. Depois de seus “habituais passeios”, deve ter voltado e encontrado a casa vazia... e ficou. (será que esperando que eu fosse buscá-lo?)
Sabe,  da próxima vez que eu tiver um gato e precisar – por alguma razão – mudar de casa, vou conversar com ele e contar pra ele.
Sabe do que mais? Ele não ficará lá, tenho certeza.
 Irá comigo... Por opção.
Acho que sou meio gata... (caramba, que convencida!) 

segunda-feira, 17 de maio de 2010

INGLÊS -- (Cap.I) - Motivação: a mola mestra – quem é “sua Daphne Goud”?

Motivação: a mola mestra – quem é “sua Daphne Goud”?
Pais “carregados” de material escolar se acotovelando no portão de entrada (até lembravam os tropeiros do início do século – só que eles pareciam ser....as mulas, não duvide), crianças chorando (imaginando que seus pais as abandonariam pra sempre... e não me diga que você não passou por isso!), adolescentes se reencontrando, dando risada e mil beijinhos de saudades (que ‘amorzinhos’ são!), pelos corredores à procura de suas salas, mochilas esbarrando umas nas outras e nas pessoas (deixando alguns ‘daqueles  pobres e desprevenidos pais’ caídos no corredor sem sequer terem sido percebidos pelo   ‘gentil causador’ de tal constrangimento), num  misto de euforia e expectativa... Afinal, eles tinham muuuuuuuuuuito pra colocar “em dia”: fofocas mil!!!!!!!!!
Era o início de mais um ano letivo.
No auge de meus “longos 10 anos”, apesar de também estar me sentindo  meio perdida naquele burburinho todo, não conseguia disfarçar contudo, minha ansiedade para conhecer a “garota novata” da escola. Todos só falavam nela.  Diziam que era bem bonita, de outro país e... o melhor: seria da minha sala!
*** **** ****
Toca o “sinal”.
 Início da primeira aula.  
Caramba... Já estávamos na terceira aula do dia e ela ainda não havia entrado na sala! Será que havia se perdido naquele imeennnnso colégio? Eu mal conseguia me concentrar na apresentação dos novos professores de tão ansiosa.
Quando estávamos quase no horário do intervalo (eu já tinha até esquecido da “dita cuja”), a diretora do colégio, Irmã Solange, “adentra” à nossa sala cerimoniosamente com a “deusa grega” e apresenta-a, acrescentando que “nossa nova coleginha era canadense (finalmente! Pelo menos ela não era de outro planeta! Mais um pouco e eu começaria a pensar que ela era um E.T. produto da minha imaginação.), ainda não falava português e precisaria muito de nosso carinho e apoio nesses primeiros dias”. Pronto. Era tudo o que eu precisava ouvir pra buscar um meio de conhecer a tal beldade. Começou então minha “via-crúcis” para conhecer Daphne Goud – sim, esse era o seu nome.

O desafio do desconhecido sempre me atraiu. Desde aquela época.
Pra quem era chamada de “quatro olhos” e ainda era bolsista ( o que significava..pobre), aquela garota era algo incomum tal e eu queria, não só conhecê-la, bem como sua cultura diferente,as diferenças...enfim, eu queria conhecê-la! Normalmente, eu não teria chance de conhecê-la em outro contexto...  Ela era linda! (já existia o conhecido estereotipo da linda menina loira com “carinha de americana ser a mais bonita”) Eu só havia visto semelhante nos livros que eu havia lido até então. Parecia aquelas princesas que são descritas  nos  contos de fada (cá pra nós, não era tudo isso, mas ai de quem ousasse  falar isso pra mim naquela época!).Minha vida mudou pra sempre a partir daquele dia. 

Eu queria ser amiga daquela garota e iria ser....nem que pra isso tivesse que aprender inglês

E assim começa a nossa história...

sábado, 15 de maio de 2010

Chuva em mim...

Gosto da idéia de trabalhar nas madrugadas quando posso.
O dia foi chuvoso...esquisito dentro e fora de mim.

Gosto da chuva em João Pessoa. É bem diferente de Curitiba. Lá o frio imperava....e eu não parava pra ver como é linda a chuva....
Na verdade estava ocupada em 'me lastimar' pelo frio, que esquecia de ver os detalhes da água escorrendo pela janela, das pessoas envoltas em lindos casacos...do sabor de começar o dia com um chocolate quente..da espuminha na borda da caneca....
Então percebi que não era o dia, não era a chuva, não era o frio. Era a maneira como eu  via as coisas que tornavam a minha vida mais ou menos interessante.
E resolvi mudar a chuva em mim..
Quão bela a vida pode ser, quando olhamos por outro prisma... 
Quando realmente nos propomos a vê-la e vivê-la de  maneira diferente.
Abri as janelas de minha alma e permiti Deus entrar e ocupar cada espaço, cada cantinho...me envolvendo num misto de aconchego e carinho.
Como é bom ter um Deus como o nosso! Sempre pronto pra nos fazer renascer, pra nos acolher, nos amar!!
Obrigada meu Pai querido...por tão grande amor!
Que hoje seu dia seja especial...com chuva ou sol, calor ou frio. Que seja intenso e pleno de Deus e de seu amor!...
Hoje o sol nasceu meio tímido...mas presente, como presente está em mim a vontade de renascer a cada momento.
Aqui tenho descoberto que os dias de chuva podem ser particularmente especiais. Não que sejam diferentes....na verdade, eu estou diferente...e é muito bom!



domingo, 14 de março de 2010

Chuveirão!!!!

O calor hoje está impressionante!...Parece que 'ligaram  o ar quente ' do mundo...  Vou tomar uma ducha e já volto!!!!
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Ahhhhhhhhhhhh...(parece propaganda de Kolynos!). Estou outra!! Hehehe
Mas...cá pra nós, tem coisa melhor do que após um dia de trabalho, chegar em casa e tomar um banho bemmmm relaxante?? Nem falo de banheira (nem tenho ! O meu apê caberia dentro!) , mas falo do chuveirão mesmo....bem forte...molhando o cabelo...massageando o pescoço... Depois escorrendo bem fresquinho. Tudo de bom né?? Sou grata a Deus pelo privilégio de ter água encanada em Casa!! É que hoje faltou água  o dia inteiro , então lembrei que muitos não sabem nem do que estou falando quando me refiro a o chuveirão!!
Cheguei mais cedo: 3:15hs. Assisti HOUSE (terminei a 6ª temporada!), terminei meu livro sobre Salomão (olha a disparidade!) e resolvi me conectar com o 'universo Internet de ser'. Uma vez na internet..não resisti: vim te  dar um oizinho: Oiziiiiinho!!!