sexta-feira, 21 de maio de 2010

“Ando devagar porque já tive pressa” (Almir Sater)




Sim. Tive pressa.  Pressa pra entrar na escola, pra crescer, pra terminar os estudos, pra ter 15 anos, pra ser moçinha, pra ter 18 anos e poder dirigir, pra casar, pra trabalhar, pra me formar, depois pra fazer  especialização, depois  pra acordar cedo, e logo em seguida  pra dormir cedo..ou tarde, não importa. Era pressa. Pra  isso, pra  aquilo.
Pressa pra viver...  

Pra que????        Aonde pensei chegar com tanta pressa?
Era como se eu tivesse perdendo alguma coisa, se não corresse tanto.
Hoje é chic fazer muita coisa ao mesmo tempo.  Demonstra certa “intelectualidade’, cultura, inteligência, independência....  Ficar em casa? Jamais. Afinal...estudei pra que?

A vida deu uma virada grannnnnnde. Mudei de cidade e de vida.
Enquanto escrevo a chuva bate em minha janela e tudo é silencioso ao derredor... Só o barulhinho da chuva e do teclado. 
Preciso  desacelerar.  Dentro de mim, preciso.  Quero sentir o cheiro do mar quando as ondas vão pra lá e pra cá. Preciso e quero estar atenta a voz de Deus que, há tanto fala comigo, mas, por vezes minha pressa...não me permitiu ouvi-lo.
Desacelerei.  Fala Senhor....
“Ando devagar porque já tive pressa e estive presa em meu coração...num quero mais não....”

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ligeiramente Grávida


Começar a trabalhar num novo projeto é algo 'simplesmente' ímpar... As idéias começam a brotar e tudo parece fluir mais naturalmente...

Não importa quanto tempo demore. O coração bate mais forte e os olhos brilham quando partilhamos a idéia com alguém...É lindo!
Um alvo. Movimentos se convergindo numa mesma direção...
Lembra-me muito uma gravidez...


terça-feira, 18 de maio de 2010

Não Tenho Tempo!!!











"Se você quer que algo seja entregue no prazo, peça para alguém ocupado".

Quem tem muito o que fazer costuma aprender a usar melhor o tempo. Por outro lado, aqueles que têm poucos compromissos acham que vão gastar muito tempo para se concentrar e fazer um texto, um relatório ou ler um livro e fazer uma resenha “com calma”. Na verdade, eles só precisam aprender a se organizar.

Seus alunos podem lhe mostrar excelentes exemplos de responsabilidade ligada à falta de tempo. Aqueles que fazem natação, judô e inglês costumam ser também os que dão menos trabalho na hora de entregar uma lição de casa feita.

Mas eles não são os únicos a terem compromissos com prazo. Quantas vezes você já atrasou a entrega das notas bimestrais de suas turmas? E o esquecimento? Garanto que já se atrasou para uma reunião, já esqueceu que precisava entregar um relatório... e se atrapalhou todo! Esse atraso pode, sim, ter a ver com excesso de trabalho, mas cá entre nós, você já deve ter usado isso como desculpa quando a verdade era que você não havia se organizado direito.

Para dar fim a essa bagunça diária e ao mal que ela faz à sua carreira e ao seu dia-a-dia, aí vão algumas dicas preciosas:

1- Faça um calendário próprio, com dias de trabalho, semanas de fechamento de notas e início de novos bimestres.

2- Estabeleça um horário fixo para trabalhar em casa e respeite-o. Se você decidiu que o horário das 17h às 19h é o que você vai usar para preparar as aulas ou corrigir testes feitos em sala de aula, feche-se no escritório, desligue o telefone e concentre-se.

3- Nas semanas de finalização de bimestre, quando você precisa corrigir provas, trabalhos e passar as notas para o livro de chamadas, coloque seu foco nisso. Não marque médico nem prometa buscar seu afilhado no clube.

4- Faça uma lista com tudo que deve ser realizado: corrigir as provas das quatro 6º séries, preparar a aula das duas 8º e passar as notas de todos para os livros. Depois, responda: qual é o prazo para cada uma dessas tarefas? Faça primeiro aquelas que tenham um prazo mais curto para a entrega.

5- Compre uma agenda e use-a. Todos as manhãs, abra sua agenda e veja o que tem para fazer antes do almoço. Pouco antes de sair da escola, consulte-a de novo para saber com quem deve almoçar e quais são os compromissos da tarde.

6- Nunca fale com alguém ao telefone sem marcar o nome da pessoa e o que ela deseja. Procure estabelecer como meta desmarcar o mínimo de compromissos possível.

7- Preste atenção aos horários dos compromissos. Se você vai dar aula particular e ela começa às 14 horas, acostume-se a sair de casa sempre no mesmo horário, chegar cinco minutos antes à casa do aluno e fechar o assunto sempre no mesmo horário. Não é só você que tem mais o que fazer.

8- Por último, quando quiser transformar uma atividade em hábito, repita durante 30 dias. Atividades realizadas por 21 dias tornam-se um hábito. Pois bem, passe dessa marca. Com 30 dias de repetição, você estará apto a dizer a si mesmo: “Eu consigo organizar meu tempo.” E estará certo.

Boa semana e boas aulas.
Kelly Roncato


Mimi...





Durante muito tempo tive um gato. Mimi era o seu nome. Não era uma “Brastemp”, mas tinha o seu charme... Pelo menos pra mim. Era preto e do tipo “comum”, sem  grandes” atrativos”. Mas eu gostava dele. Lembro-me dele na cozinha, perto da porta com “batentes” que davam pro quintal. (Ah, Batentes? São degraus, meu querido leitor – aliás, será que você é curitibano?!?)
A porta da cozinha aberta, sua latinha de comida e a de leite no canto. (Sabe aquelas latas redondas de goiabadas? As ditas cujas). Eu tinha entre três e cinco anos. Lembro do meu aniversário de quatro anos nessa casa de portas azul-escuras, partidas as meio como janelas...
Eu me sentia feliz nessa casa. Lembro do som da campainha quando meu pai chegava... e de vir correndo pra vê-la abrir-se: primeiro a metade de cima, depois seu braço abrindo o “ferrolho” (não sei dizer isso em curitibanês) de baixo e entrando e me abraçando. Sua galega – era assim que ele me chamava: galega. Um dia mudamos de lá. Não sei pra onde nem por que. Mimi não foi conosco. Ficou.
Todos me disseram que gato é assim mesmo: “traiçoeiro” e só gosta da casa, não dos donos. Por isso “prefere” ficar na casa.
Sabe o que eu acho? Mimi não teve a chance de decidir. Depois de seus “habituais passeios”, deve ter voltado e encontrado a casa vazia... e ficou. (será que esperando que eu fosse buscá-lo?)
Sabe,  da próxima vez que eu tiver um gato e precisar – por alguma razão – mudar de casa, vou conversar com ele e contar pra ele.
Sabe do que mais? Ele não ficará lá, tenho certeza.
 Irá comigo... Por opção.
Acho que sou meio gata... (caramba, que convencida!) 

segunda-feira, 17 de maio de 2010

INGLÊS -- (Cap.I) - Motivação: a mola mestra – quem é “sua Daphne Goud”?

Motivação: a mola mestra – quem é “sua Daphne Goud”?
Pais “carregados” de material escolar se acotovelando no portão de entrada (até lembravam os tropeiros do início do século – só que eles pareciam ser....as mulas, não duvide), crianças chorando (imaginando que seus pais as abandonariam pra sempre... e não me diga que você não passou por isso!), adolescentes se reencontrando, dando risada e mil beijinhos de saudades (que ‘amorzinhos’ são!), pelos corredores à procura de suas salas, mochilas esbarrando umas nas outras e nas pessoas (deixando alguns ‘daqueles  pobres e desprevenidos pais’ caídos no corredor sem sequer terem sido percebidos pelo   ‘gentil causador’ de tal constrangimento), num  misto de euforia e expectativa... Afinal, eles tinham muuuuuuuuuuito pra colocar “em dia”: fofocas mil!!!!!!!!!
Era o início de mais um ano letivo.
No auge de meus “longos 10 anos”, apesar de também estar me sentindo  meio perdida naquele burburinho todo, não conseguia disfarçar contudo, minha ansiedade para conhecer a “garota novata” da escola. Todos só falavam nela.  Diziam que era bem bonita, de outro país e... o melhor: seria da minha sala!
*** **** ****
Toca o “sinal”.
 Início da primeira aula.  
Caramba... Já estávamos na terceira aula do dia e ela ainda não havia entrado na sala! Será que havia se perdido naquele imeennnnso colégio? Eu mal conseguia me concentrar na apresentação dos novos professores de tão ansiosa.
Quando estávamos quase no horário do intervalo (eu já tinha até esquecido da “dita cuja”), a diretora do colégio, Irmã Solange, “adentra” à nossa sala cerimoniosamente com a “deusa grega” e apresenta-a, acrescentando que “nossa nova coleginha era canadense (finalmente! Pelo menos ela não era de outro planeta! Mais um pouco e eu começaria a pensar que ela era um E.T. produto da minha imaginação.), ainda não falava português e precisaria muito de nosso carinho e apoio nesses primeiros dias”. Pronto. Era tudo o que eu precisava ouvir pra buscar um meio de conhecer a tal beldade. Começou então minha “via-crúcis” para conhecer Daphne Goud – sim, esse era o seu nome.

O desafio do desconhecido sempre me atraiu. Desde aquela época.
Pra quem era chamada de “quatro olhos” e ainda era bolsista ( o que significava..pobre), aquela garota era algo incomum tal e eu queria, não só conhecê-la, bem como sua cultura diferente,as diferenças...enfim, eu queria conhecê-la! Normalmente, eu não teria chance de conhecê-la em outro contexto...  Ela era linda! (já existia o conhecido estereotipo da linda menina loira com “carinha de americana ser a mais bonita”) Eu só havia visto semelhante nos livros que eu havia lido até então. Parecia aquelas princesas que são descritas  nos  contos de fada (cá pra nós, não era tudo isso, mas ai de quem ousasse  falar isso pra mim naquela época!).Minha vida mudou pra sempre a partir daquele dia. 

Eu queria ser amiga daquela garota e iria ser....nem que pra isso tivesse que aprender inglês

E assim começa a nossa história...

sábado, 15 de maio de 2010

Chuva em mim...

Gosto da idéia de trabalhar nas madrugadas quando posso.
O dia foi chuvoso...esquisito dentro e fora de mim.

Gosto da chuva em João Pessoa. É bem diferente de Curitiba. Lá o frio imperava....e eu não parava pra ver como é linda a chuva....
Na verdade estava ocupada em 'me lastimar' pelo frio, que esquecia de ver os detalhes da água escorrendo pela janela, das pessoas envoltas em lindos casacos...do sabor de começar o dia com um chocolate quente..da espuminha na borda da caneca....
Então percebi que não era o dia, não era a chuva, não era o frio. Era a maneira como eu  via as coisas que tornavam a minha vida mais ou menos interessante.
E resolvi mudar a chuva em mim..
Quão bela a vida pode ser, quando olhamos por outro prisma... 
Quando realmente nos propomos a vê-la e vivê-la de  maneira diferente.
Abri as janelas de minha alma e permiti Deus entrar e ocupar cada espaço, cada cantinho...me envolvendo num misto de aconchego e carinho.
Como é bom ter um Deus como o nosso! Sempre pronto pra nos fazer renascer, pra nos acolher, nos amar!!
Obrigada meu Pai querido...por tão grande amor!
Que hoje seu dia seja especial...com chuva ou sol, calor ou frio. Que seja intenso e pleno de Deus e de seu amor!...
Hoje o sol nasceu meio tímido...mas presente, como presente está em mim a vontade de renascer a cada momento.
Aqui tenho descoberto que os dias de chuva podem ser particularmente especiais. Não que sejam diferentes....na verdade, eu estou diferente...e é muito bom!